Seu computador pode saber que você tem Parkinson

A pesquisa demonstrou que essas informações podem alertar uma pessoa de que ela pode ser portadora da doença de Parkinson, permitindo que a busca pelo tratamento aconteça mais cedo.

Horvitz acredita que, sempre que as pessoas estão online, deixam pistas que podem levar a diagnósticos precoces de várias condições graves de saúde, como por exemplo: termos de pesquisa, hábitos de utilização, tempo de uso e outros dados. Seus estudos também revelaram insights sobre a identificação de cânceres de pâncreas, pulmão e mama, interações medicamentosas perigosas e como o sono afeta o desempenho.

A pesquisa de Horvitz tem potencial para ser aplicada em outras doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, e pode fornecer uma janela sem precedentes para a saúde das pessoas. Ele enfatiza que a IA não busca substituir os médicos, mas sim complementar seu trabalho e melhorar a precisão diagnóstica.

Por exemplo, na última semana, disparamos uma matéria em nossa curadoria de notícias da área da saúde sobre a capacidade de uma IA de diagnosticar sinais precoces de câncer de mama. Na prática a inteligência – que inclusive foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros – viabiliza o acesso de pacientes ao diagnóstico precoce do câncer de mama, além de otimizar a fila para a mamografia, de acordo com a pesquisadora Daniella Castro Araújo.

Embora as tecnologias baseadas em dados de busca para melhorar o diagnóstico ainda não estejam prontas para uso generalizado, Horvitz prevê um futuro em que um serviço opcional, executado em dispositivos pessoais, poderia alertar os usuários sobre sintomas de doenças específicas ou informar diretamente aos médicos. No entanto, antes que isso aconteça, é necessário realizar mais testes clínicos rigorosos e revisões para garantir a eficácia e a segurança desses métodos.