Atualmente, a Realidade Virtual já faz parte de muitas áreas, sobretudo da medicina. Saiba mais sobre o que é, como funciona e como essa tecnologia pode ser aplicada para auxiliar no diagnóstico e tratamento de doenças.
No passado, vários livros, filmes e a própria ciência já apontavam para o futuro tecnológico graças ao poder da computação. É comum encontrar várias produções literárias e audiovisuais que trazem a ciência e a medicina utilizando essa inovação. Um dos principais fatores que levaram essa área a adotar o uso da RV[3], refere-se principalmente à possibilidade de criar um ambiente imersivo, sem colocar em risco os pacientes, sobretudo quando se trata de cirurgias.
Recentemente, a Universidade de Stanford[4] utilizou um simulador de cirurgias que oferece um feedback instantâneo aos professores e estudantes de medicina, auxiliando-os nos seguintes pontos: apontamento sobre eventuais erros e melhorias nos procedimentos realizados na simulação cirúrgica, bem como feedback positivo sobre a performance no procedimento simulado. Outros países têm se inspirado na prática e comprado diferentes maquinários que podem oferecer essa funcionalidade.
Convém mencionar também a ferramenta ViMeTGame, que auxilia no treinamento para análise de biópsias.
Para além dos exemplos citados, a área médica tem utilizado amplamente a realidade virtual para terapias de exposição, uso para o controle da dor em processos de exames e cirurgias, simulações interativas e até mesmo sistemas que permitem a visualização da organização de leitos, conforme a demanda de determinados hospitais.
Assim, na medicina, a realidade virtual já faz parte da rotina em diversos processos, sejam eles de ensino e aprendizagem dos médicos, cirurgias, criação de ambientes imersivos, prevenção e tratamento dos pacientes[5]. Podemos inferir que a tendência é que essa inovação se faça cada vez mais presente na área da saúde nos próximos anos.
A chamada Virtual Reality (VR), traduzida para o português como Realidade Virtual (RV), é uma tecnologia que cria um ambiente imersivo, simulando assim situações de acordo com o seu objetivo. Por meio da experiência que conecta o ser humano à realidade do ambiente virtual.
Para a imersão na realidade virtual, são utilizadas diferentes ferramentas e objetos, sendo os mais conhecidos o uso de óculos e áudio, já que o início e destaque dessa tecnologia se deu com o estímulo da visão da audição.
Contudo, a área vem se desenvolvendo e ampliando o uso dessas ferramentas e hoje temos o uso de capacetes elaborados especificamente para a área, máquinas capazes de exalar cheiros para a imersão das pessoas em determinada realidade, cadeiras com vibrações específicas, novos softwares, obras arquitetônicas e até mesmo pinturas em ambientes que podem permitir diferentes experiências sensoriais.
Devido à possibilidade de uma experiência próxima ao que pode ser vivenciado na realidade, algumas áreas viram na tecnologia RV um enorme potencial para propor experiências que vão desde a interação do indivíduo com um game, até mesmo imersões 3D em aulas de anatomia nos cursos de medicina.
Ao longo da formação na área da medicina ou mesmo na prática médica, a aplicação de RV têm utilizado, comumente, óculos de realidade virtual e/ou fones de ouvido. Dessa forma, permite-se a total imersão no ambiente proposto.
A ideia é que as pessoas envolvidas no processo possam interagir com aquela realidade conforme a finalidade de aprendizagem ou tratamento, como por exemplo a simulação de cirurgias e o tratamento de fobias de demais situações do cotidiano hospitalar.
Um exemplo da utilização clínica da RV está na criação recente de plataformas que podem auxiliar especialistas da área da saúde no tratamento de fobias; a empresa TF Mind criou um software que consegue simular a situação proposta pelo terapeuta, cujo controle também pode ser feito pelo menos, para que o paciente seja imerso em uma situação necessária ao tratamento de algum distúrbio desse tipo.
Nesse sentido, um outro exemplo da aplicação de tecnologia RV é o tratamento para a Doença de Parkinson[6]. Segundo artigo publicado na Revista Neurociências, periódico publicado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), uma pesquisa realizada com pacientes com Parkinson – pautada em cognição, mobilidade e qualidade de vida - revelou que o tratamento por meio da realidade virtual obteve resultados positivos em 85% dos pacientes.
Em cirurgias, principalmente na formação de médicos, já existem máquinas com tecnologia RV que conseguem simular ambientes totalmente imersivos. É o caso da Universidade de Stanford, que utiliza uma moderna ferramenta que consegue simular cirurgias, a qual aponta eventuais erros e orientações de acordo com o caso.
É importante ressaltar que há comprovação da eficácia de tratamentos de doenças utilizando a realidade virtual[7]. Com base em pesquisas na área da saúde, evidenciou-se que a RV pode ser uma grande aliada de médicos e pacientes. São elas:
Doença de Parkinson
Transtorno de Pânico (TP)[8]
Reabilitação física de pacientes diversos[9]
Esclerose múltipla
Doenças neurodegenerativas[10]
Fobias
Ansiedade
Dores
Os benefícios para a medicina com o uso da realidade virtual são inúmeros para os profissionais da saúde, bem como para os pacientes. Essa questão tem contribuído para o aprimoramento de estudos e pesquisas relacionadas à imersão em realidade virtual na medicina.
O uso da Realidade Virtual permite que médicos simulem diferentes situações, podendo inclusive visualizar como os seus pacientes podem reagir diante de tratamentos e cirurgias, além de permitir verificar quais são os melhores estímulos visuais e/ou auditivos conforme o tratamento proposto.
Podemos citar assim o enorme benefício da situação de técnicas de exposição e estímulo aos pacientes em reabilitação por meio da fisioterapia, na qual a sua imersão em situações corriqueiras pode estimular positivamente a interação e resposta ao tratamento.
Assim, a RV pode ser uma grande aliada para o diagnóstico e tratamento de doenças, demandando que os médicos estejam cada vez mais alinhados com essa tecnologia. Com um game, até mesmo imersões 3D em aulas de anatomia nos cursos de medicina.
Comprovadamente, há benefícios à prática médica[11] quando se utiliza a realidade virtual, mas é necessário que o estudo relacionado à área faça parte do cotidiano médico, pois mesmo diante dos benefícios comprovados dessa tecnologia para a medicina, ainda são poucos os profissionais que possuem conhecimento sobre a tecnologia de RV aplicada à saúde.
Dessa forma, há a necessidade de mais profissionais da saúde estarem familiarizados com esse novo campo de trabalho, a fim de aprimorar a sua prática clínica, melhorando assim o atendimento ao paciente, estando inseridos cada vez mais nas atualizações da tecnologia em relação à saúde[12].
Referências:
1. https://super.abril.com.br/tudo-sobre/realidade-virtual/
2. Abrev. de “Realidade virtual”
3. https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/tech-tips-and-tricks/virtual-reality-vs-augmented-reality.html
4. http://web.stanford.edu/group/sailsbury_robotx/cgi-bin/salisbury_lab/?page_id=205
5. https://www.youtube.com/watch?v=BbgegMQvmBs
6. https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/9561/7696
7. https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-os-oculos-de-realidade-virtual-estao-mudando-vida-de-quem-tem-doencas-mentais.html
8. https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/LPGG63ZKgGpzXZGhZ59rFCq/?lang=pt#:~:text=RESUMO-,O%20uso%20de%20realidade%20virtual%20(RV)%20%C3%A9%20%C3%BAtil%20no%20tratamento,facilitando%20o%20processo%20de%20habitua%C3%A7%C3%A3o
9. https://summitsaude.estadao.com.br/saude-humanizada/reabilitacao-de-pacientes-como-a-realidade-virtual-pode-ajudar/
10. https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/10/22/realidade-virtual-aplicada-recuperacao-de-pacientes-de-avc-e-doencas
11. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/realidade-virtual-na-medicina
12. http://www.each.usp.br/petsi/jornal/?p=2628
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