A popularização de ferramentas de modelo de linguagem geradas por IA, como ChatGPT, Bard, Bert, entre outras, gerou a preocupação de que profissionais utilizassem essas ferramentas que imitam a compreensão, o processamento e a produção da comunicação humana sem analisar os riscos que poderiam ser gerados para os pacientes.¹
Essa preocupação motivou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a elaborar diretrizes para os profissionais da saúde sobre o uso consciente e ético dessas ferramentas, especialmente porque continuam em desenvolvimento.¹
Mas, se por um lado, houve muita apreensão, por outro existem expectativas positivas. Hoje em dia, existem diversos processos burocráticos que acabam afastando os médicos da prática clínica. As IAs têm se mostrado promissoras no controle de dados e informações médicas – até mesmo as sigilosas. Essa tecnologia promete facilitar a rotina médica, permitindo que os profissionais se dediquem ao que importa de fato: o paciente.²
Para além da burocracia, a medicina de precisão também é um diferencial positivo da Inteligência Artificial. Segundo a OMS, essa é uma grande aposta para a melhorar a velocidade e precisão de diagnósticos da triagem de doenças. Coletar e organizar informações genéticas, clínicas e comportamentais sobre os pacientes possibilita diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados.³
E uma das dúvidas mais comuns que surge quando falamos sobre Inteligência Artificial aplicada à medicina é:
Será que um dia ela será capaz de substituir os médicos?
De imediato, a resposta é não. Por mais que alguns diagnósticos de IA possam se assemelhar ao dos médicos em algumas áreas, como radiologia e dermatologia, ainda não é possível afirmar que o papel destes seja indispensável em algum momento.4
Os aspectos humanos do cuidado, como empatia, pensamento crítico e tomada de decisões complexas que envolvem códigos de ética, não é algo que possa ser substituído com tanta facilidade por uma máquina. O futuro ideal, nesse caso, é a colaboração médico-máquina, em que a ferramenta tecnológica é complementada com a experiência do médico.4
A IA se tornou um recurso valioso na área médica, e já é impossível pensar em uma realidade sem essa tecnologia. Porém, ela não pode substituir o elemento humano.
A IA pode e deve ser utilizada para melhorar a prática da medicina, capacitando os médicos com as mais recentes ferramentas tecnológicas para melhor servir os nossos pacientes.