Doenças neurológicas são negligenciadas quando o assunto é saúde feminina?

Os problemas do sistema reprodutivo estão sempre no topo quando se fala sobre saúde feminina, mas estudos indicam que passou da hora de estudar a saúde neurológica das mulheres.

Lisa Mosconi, professora de neurociência e diretora do Programa de Prevenção de Alzheimer no Centro Médico Weill Cornell, da Universidade de Cornell, em Nova York, estudou o cérebro das mulheres por 20 anos.

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O foco de sua pesquisa era distinguir o cérebro das mulheres e dos homens, e o resultado foi surpreendente.¹

O que Lisa descobriu é que as mulheres estão mais propensas a desenvolver a doença de Alzheimer, transtorno degenerativo que afeta mais de 35 milhões de pessoas no mundo inteiro. De acordo com sua pesquisa, para cada homem com Alzheimer, existem duas mulheres com a condição.¹

O resultado surpreendente mostrou que problemas do sistema reprodutivo chamam muito mais atenção, e por isso detém mais investimento em pesquisas, diagnósticos e tratamentos, o que se mostrou preocupante já que mulheres na faixa dos 60 anos têm mais chances de desenvolver a doença de Alzheimer em determinado ponto da vida do que desenvolver câncer de mama, por exemplo.¹

Porém, essa não é a única preocupação quando o assunto é saúde  feminina. Uma pesquisa global realizada pela empresa de tecnologia médica Hologic revelou que a saúde feminina teve uma piora significativa no ano de 2021.²

Segundo a Dra. Susan Harvey, vice-presidente de assuntos médicos mundiais da Hologic, o mundo está falhando com as mulheres nos cuidados preventivos. O relatório chamou a atenção da ONU, que levantou a importância do aceleramento de investimento em mulheres e meninas para recuperar e acelerar o progresso.²

É essencial que os avanços e investimentos científicos sejam aplicados de forma ampla, abordando não apenas o sistema reprodutivo, mas também outras condições de saúde que afetam as mulheres com a mesma proporção. É hora de promover uma abordagem que leve em consideração características únicas, alertando para os cuidados preventivos, para melhorar a saúde e bem-estar, garantindo, também, um futuro mais igualitário para todas.

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Referências:
1. O que pesquisadora aprendeu ao estudar o cérebro das mulheres por 20 anos. Acessado em 20 jun 23. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2023/04/5089368-o-que-pesquisadora-aprendeu-ao-estudar-o-cerebro-das-mulheres-por-20-anos.html>
2. Saúde das mulheres piorou em 2021, diz pesquisa global. Acessado em 20 jun 23. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/saude-das-mulheres-piorou-em-2021-diz-pesquisa-global/>

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