Big data


Iniciando jornada

A era dos dados e o impacto na medicina

Muito mais do que desenvolver sistemas, aplicativos ou dispositivos, o Big Data tem crescido em todas as áreas nos últimos anos e, não diferente, vem sendo utilizado por médicos e profissionais da saúde em todo o mundo para que o campo da medicina seja cada vez mais informatizado.

Sendo mais específico, o Big Data propõe aos médicos um conhecimento mais aprofundado dos seus pacientes, guardando todo o histórico em um amplo e estruturado sistema de dados.1

Com a gestão dessa informação, é possível compreender as dúvidas do paciente quanto a tratamentos e diagnósticos, apresentar um tratamento completo e eficaz para determinado tipo de enfermidade ou até mesmo usar essas informações para pesquisas que envolvem a área da saúde.

O que é o Big Data?

Big Data é o conjunto de informações presentes em bancos de dados de servidores e empresas, que pode ser acessado e possui interligações entre si.1

É um sistema de compartilhamento de dados que ajuda na estrutura de informações de organizações, por exemplo.
O Big Data também pode ser acessado remotamente.

No campo da saúde, essa tecnologia ajuda médicos no armazenamento e cruzamento de informações de pacientes, abrangendo aplicativos, wearable devices (dispositivos "vestíveis", como relógios e pulseiras fitness) e uma variedade enorme de equipamentos médicos.

Enfim, o Big Data é um sistema de banco de dados que possibilita diagnósticos com menor probabilidade de erros, auxilia na realização de exames mais precisos e pode melhorar o atendimento médico como um todo.

Big data para médicos

O Big Data é um dos campos onde o impacto da pesquisa, tratamento e análise de dados é maior. Na área da saúde, ela vai desde a prevenção e o diagnóstico até à investigação clínica e farmacêutica.2

A função do Big Data na área da saúde é disponibilizar para os profissionais do ramo todos os dados dos pacientes, permitindo que estabeleçam a partir daí uma comparação para saber quais os pacientes que dão melhores respostas a determinados tratamentos em indivíduos com o mesmo perfil. Com tudo isso em mãos, em vez de se basear em grandes médias, os médicos terão condições para elaborar diagnósticos concisos e prescrever melhores tratamentos.3
As clínicas estão aderindo a algumas plataformas analíticas de Big Data para administrar de perto todos os custos operacionais, dados clínicos, exames, tratamentos e medicamentos.

Além disso, há diversas novidades dentro do campo do Big Data, como: registros médicos eletrônicos, smartphones que monitoram as atividades dos pacientes, alertas em tempo real, armazenamento eletrônico de resultados de exames e dados do paciente.2

Ainda assim, é importante que o médico esteja qualificado para fazer o uso correto dos dados do paciente, já que apenas tê-los em mãos não significa que será útil. É necessário que os profissionais compreendam as informações e as extraiam com clareza. Com a análise das informações, o médico poderá decidir quais serão os próximos passos para se ter um diagnóstico preciso.

Big Data na pesquisa clínica

O Big Data vai além do auxílio a médicos em hospitais e clínicas na comunicação com os pacientes.

Registros como dados pessoais, informações demográficas, histórico médico, alergias e resultados de exames laboratoriais, dão uma direção para estudos de prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Por exemplo, no Brasil, o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (INCOR) desenvolve pesquisas a partir do uso do Big Data, colhendo dados de pacientes registrados em seu sistema.4

Outro exemplo são os algoritmos disponíveis em banco de dados do mundo inteiro, que são utilizados para verificar a mutação do vírus HIV, com o intuito de identificar suas variações e criar vacinas mais eficazes. Os estudos servem como ferramenta para auxiliar na busca pela cura da doença.4

Outro uso conhecido do Big Data é pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, para o tratamento de câncer. A instituição usa bancos de dados espalhados pelo mundo para pesquisar e cruzar casos similares de doenças. Sendo assim, consegue orientar os médicos a prescrever drogas e terapias mais eficazes para cada tipo de tumor.4

Benefícios do Big Data

O campo da saúde vem utilizando o Big Data como um sistema que auxilia no trabalho de profissionais da saúde e seu relacionamento com os pacientes, em hospitais, consultórios ou clínicas, bem como dá assistência ao ramo da pesquisa.

Um exemplo do Big Data aos médicos para um melhor atendimento aos pacientes é o prontuário eletrônico do paciente (PEP), que faz uso de duas tecnologias distintas para trazer qualidade de vida aos pacientes: a digitalização de todas as informações médicas do paciente, de preferência em uma plataforma integrada, que possa ser acessada por médicos de diferentes áreas e estabelecimentos de saúde.5

Em artigo da Scientific Electronic Library Online, o autor Alexandre Dias explica que alguns dos benefícios do PEP são o ganho de tempo no preenchimento, a diminuição do esquecimento, a integridade das informações e o seu potencial para uso em pesquisas científicas.3

O Big Data também possui outras aplicabilidades para os profissionais da saúde para melhorar o atendimento com os pacientes:5

Prevê as entradas diárias de pacientes para adaptar a alocação de pessoal em hospitais e clínicas;
Melhora o envolvimento do paciente em sua própria saúde, usando dispositivos inteligentes como os wearables;
Usa dados de saúde para um planejamento estratégico, analisando resultados de exames de diferentes grupos para identificar melhores tratamentos;
Usa a análise preditiva, ajudando médicos a tomar decisões rápidas baseadas em dados de pacientes;
Atendimento remoto (telemedicina);
Impede visitas desnecessárias ao pronto-socorro, fazendo registros médicos de pacientes para ser compartilhado entre as emergências;;
Usa Registros Eletrônicos de Saúde (EHRs), criando um registro digital, que inclui informações demográficas, histórico médico, alergias, resultados de exames laboratoriais. Os EHRs acionam avisos e lembretes de quando um paciente deve fazer um novo teste laboratorial ou rastrear prescrições para ver se ele está seguindo as ordens médicas;
Usa alertas em tempo real para atendimento mais rápido;
Pesquisa curas para o câncer e outras doenças, a partir de dados de pacientes;
Integra a imagiologia médica para um diagnóstico mais amplo, ou seja, algoritmos analisam imagens e identificam padrões específicos para ajudar no diagnóstico;
Reduz fraudes e melhorar a segurança de dados, utilizando criptografia, firewalls e antivírus.

Os dados estão seguros?

Desde agosto de 2020 está em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Com essa norma, os registros pessoais, inclusive na área da saúde, ganham maior proteção e segurança.

A lei visa proteger dados coletados, armazenados e usados por instituições, como hospitais e operadores de planos de saúde. Para isso, é necessário transparência em todo o processo de registro das informações, além de ter o consentimento dos pacientes.⁶

Este é um dos maiores desafios do uso do Big Data. Mesmo com a LGPD, o risco de uma imensa quantidade de dados confidenciais serem roubados e divulgados é possível. Por isso, uma das soluções é o uso de protocolos de segurança cada vez mais rigorosos, além de novas técnicas para garantir o sigilo dos dados, como as criptografias.

O Big Data e o auxílio a profissionais da saúde para um melhor atendimento aos pacientes


Não há dúvidas que o Big Data veio para facilitar o trabalho de profissionais da saúde. Ele oferece a oportunidade de construir uma base de dados de pacientes que é eficiente para desenvolver, avaliar e melhorar as diretrizes de práticas clínicas, além de servir como fonte para diversos estudos do campo da saúde.

Para dar exemplo, para muitos, o futuro da Medicina está no desenvolvimento de sensores para monitorar as funções vitais de pacientes e verificar novas moléculas marcadoras de doenças combinadas a computadores capazes de processar um imenso volume de dados.7

Além disso, o Big Data auxilia na personalização do atendimento e na eficiência do monitoramento de pacientes, e possibilita formar uma dinâmica da informação mais ágil, coerente e consistente, minimizando equívocos e otimizando resultados médicos. Em conclusão, a era do Big Data traz imensas oportunidades para o avanço da saúde.

Referências:

1. BLOG ROCK CONTENT. Entenda o que é Big Data e por que toda a estratégia de marketing precisa desse aliado. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/big-data/
Acesso em: 02 de julho de 2021

2. CM TECNOLOGIA. O Big Data e o seu uso na saúde. Disponível em: https://cmtecnologia.com.br/blog/big-data-saude/
Acesso em: 02 de julho de 2021

3. PRODOCTOR. Medicina de precisão e Big Data. Disponível em: https://prodoctor.net/blog/medicina-de-precisao-e-big-data/
Acesso em: 15 de julho de 2021

4. UNIMED. O futuro da saúde: como o big data poderá salvar vidas e inovar a medicina. Disponível em: https://www.unimed.coop.br/web/blogestacao/publicacoes/o-futuro-da-saude-como-o-big-data-podera-salvar-vidas-e-inovar-a-medicina
Acesso em: 15 de julho de 2021

5. HILAB. Conheça as aplicações do Big Data na saúde. Disponível em: https://hilab.com.br/blog/big-data-na-saude/
Acesso em: 15 de julho de 2021

6. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Lei Geral de Proteção de Dados. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Leis-e-normas/lei-geral-de-protecao-de-dados-pessoais-lgpd
Acesso em: 02 de julho de 2021

7. EINSTEIN. PUBLICAÇÃO OFICIAL DO INSTITUTO ISRAELITA DE ENSINO E PESQUISA ALBERT EINSTEIN. O uso do Big Data em pesquisas médicas. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/M4rswGmHxFB95TB3j4ywdXp/?lang=pt&format=pdf
Acesso em: 15 de julho de 2021

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